[Entrego ao Coronel Juarez Monteiro uma folha com três perguntas
que pretendo fazer a ele e peço autorização para ligar o gravador. Ele autoriza e pede
para que eu sente à mesa, na varanda de sua casa, e começa a entrevista].
ENTREVISTADOR
(E):
O senhor poderia responder a primeira pergunta por favor?
CORONEL
MONTEIRO (CM): Porque da criação do BME e as circunstâncias
em que ele foi criado? Eu era primeiro tenente, trabalhava no primeiro
batalhão da polícia militar do Espírito Santo e na época não tinha tropa
especial não tinha. Mais precisamente a idéia era criar uma companhia de
choque, um pelotão de choque na polícia militar. E como a situação no Brasil,
até o lado político estava se iniciando manifestações e tudo, ai pensou-se em
criar um pelotão, uma companhia de choque para atender a essas necessidades se
fosse o caso. Eu trabalhava no primeiro batalhão da Polícia Militar do Espírito
Santo como disse. Acho que foi mais precisamente por volta de 85. [Neste ponto
o Coronel Monteiro demonstra dúvida quanto a data exata que realizou a criação
do BME]
E: Em
86, não?
CM: Isso!
Foi em 86. Eu já havia feito no Rio de Janeiro o Curso de Operações Especiais,
hoje conhecido como BOPE. Então eu fiz o BOPE, fui aluno da primeira turma que
se formou no BOPE, no Estado do Rio de Janeiro e lá também na época criou-se
esse curso em razão até de haver a necessidade de preparar elementos para poder
dar uma formação melhor para os comandados da Polícia Militar para atuar em diversas
situações. E que tivesse capacidade de ir além do que tem às vezes até a tropa
normal. Então, fiz o BOPE em 1978 e quando estava no primeiro batalhão da
polícia militar, nós sentimos a necessidade de criar uma tropa de choque, um
pelotão de choque. Ai eu conversei com o comando do primeiro batalhão, dei a
idéia para ele, eu já tinha BOPE, e ele me deu liberdade de ação para poder
criar. Ai eu selecionei alguns policiais do batalhão e, não me recordo, mas
aproximadamente em termos assim de uns trinta homens e me desloquei, me afastei
do primeiro batalhão, para ali, era um local bem humilde, onde funciona o
Batalhão de Missões Especiais. [Ele az esta indicação, pois sua casa, local
onde realizei a entrevista, fica em uma rua ao lado de onde se localiza o BME]
E iniciei um treinamento para os comandados, eu escolhi aqueles homens.
Primeiro ele tinha que ser voluntário para ir ao batalhão e além de ser
voluntário ele teria de ter um comportamento eficiente dentro da própria
corporação, não quer dizer que todos os outros policiais não tinham, mas tinham
que ser policiais que além de ser voluntários para atuar e que tivessem
punições. Então eu procurava selecionar a pessoa mais elitizada para poder
pertencer ao pelotão. Porque quando você quer criar uma tropa especial, então
você tem que partir desse princípio, a voluntariedade do homem, a capacidade e
a especialidade e um homem que não tivesse muito problema, não quer dizer que
os policiais nossos tem problema. Em uma instituição grande tem aqueles
policiais que às vezes se destacam, selecionei esses homens e trouxe para ali,
local onde funciona o BME, e começamos a fazer treinamentos e naquela época já
começou também a haver muitas manifestações, até manifestações de rua em razão
da existência dos grupos de oposição, politicamente falando, e começou a ter
muito problema. Até iniciava na época, ou já estava em andamento, à atuação do
pessoal que hoje deve está ai, o pessoal que eles chamavam do PT, que fazia
muita manifestação de rua e tudo.
E:
Sindicatos e essas coisas?
CM:
Sim, eles se movimentavam muito. Para poder atuar em um grupo desse comecei a dar
treinamento para a tropa, está entendendo, e
participamos, começamos a participar das ações e trabalhamos bastante desde aquela época. E
em razão do trabalho que a tropa prestava, o próprio comandante do batalhão, o
comando geral, o comando do CPO na época, eu apresentava as necessidades e eles
começaram a dar força para a criação do batalhão. E nós começamos a treinar
treinamento constante, distante e atuações, não tínhamos quase que sem escala,
a nossa tropa trabalhava quase que vinte e quatro horas por dia o número
reduzido e começaram muitas manifestações.
A gente procurava aumentar o efetivo, mas o nosso trabalho era quase que
vinte e quatro horas por dia. Uma vez eu liberava os comandados meus para ir
para casa, mas tudo com o telefone e endereço, pois a qualquer momento eles
podiam voltar. Eu, por exemplo, às vezes ficava vinte e quatro horas direto,
porque no início eu comandante, primeiro tenente Monteiro, trouxe comigo dois
oficiais da época, foi até o aspirante Barcelos, na época que veio junto, e
depois também eu trouxe o Ramalho, Nylton,
oficiais que passaram tudo como aspirante comigo. Excelentes comandados, me
ajudou muito na criação e na formação.
E:
Ramalho o atual comandante do BME?
CM: É
o Ramalho hoje é o atual comandante do BME, foi comandado meu, aspirante, depois
segundo tenente, primeiro tenente, até quase capitão. Às vezes saia em razão de
quando era promovido, às vezes não tinha vaga, mas são homens de frente e de
total confiança que a Polícia Militar confia totalmente no comando da tropa. [Quando
se referia ao Tenente Coronel Ramalho e toda a sua trajetória no BME sob o seu
comando e após se tornar comandante no mesmo batalhão demonstra uma sensação de
orgulho]. E começamos a trabalhar, as necessidades iam se apresentando e a
tropa treinando diariamente e constantemente, porque tropa especial ela tem que
estar sempre treinando, sempre aperfeiçoando, estar sempre preparada para as atuações,
a qualquer hora do dia e da noite. Porque tropa que entra de serviço às vezes
ela não tem que esperar, ela tem que sair, às vezes tem que emendar em razão
das necessidades. Então por isso que às vezes, nem todo homem tem a capacidade
de pertencer a uma tropa especial. E nós começamos a trabalhar em razão das
necessidades, como eu disse, das grandes manifestações que viam ocorrendo o
efetivo teve de ser aumentado e passou a
ser companhia, depois eu fui a capitão, passei a comandar a companhia, depois
eu fui promovido a major ai passou a companhia a ser companhia independente,
com o comando de major, e depois eu estava para ser promovido a Tenente
Coronel, até mesmo antes de ser Coronel, o comando na época achou por bem por
bem passar a chamar companhia de choque, pelotão companhia de choque nós tínhamos. Criamos o canil também, que havia a
necessidade da presença dos cães, era muito importante. E depois o Comando
geral achou por bem, até eu dei também a idéia juntamente com meus oficiais, na
época trabalhava com o Coronel Mangnaco também, Tenente Renato Duquain, e
vários outros oficiais, Ferrari e ai vários oficiais trabalhando comigo então
houvesse a idéia de criar um batalhão, pois precisava da existência do
batalhão. Ai o Comando Geral na época, acredito que até o Coronel Orichi,
comando geral do Coronel Orichi, a tropa passou de companhia independente e
passou a se chamar batalhão e Batalhão de Missões Especiais, hoje que é
conhecido como o BME. Uma tropa muito respeitada, dentro do Estado do Espírito
Santo e de todo o Brasil. Já recebemos elogios na época do pessoal de fora,
polícia de São Paulo até vinha nos visitar, visita nós recebemos do pessoal de
fora. Exército, o nosso Exército do 38º Batalhão, trouxe uma vez, eu ainda era
primeiro tenente, o comando do 38º eu não lembro o nome do Tenente Coronel, era
até muito amigo, e trouxe os comandados graduados e os oficiais todos para
conhecer meu local humilde onde a tropa atuava, pois eles viam tanta eficiência
no trabalho da tropa e dedicação que veio conhecer e vê que trabalhando em um lugar
tão humilde, pequeno até e a dedicação que a tropa tinha. Fiz palestra para os
comandos dele, sargentos e tenentes que ele trouxe ficaram muito satisfeitos,
recebi muitos elogios da polícia militar de fora. E hoje a nossa tropa está ai,
ela tem um grande nome é um batalhão de missões especiais, continua tendo a
tropa especial, preparado para várias situações, tem a companhia de cães, a
companhia de choque que é do próprio batalhão. Então para cada missão tem a
especialidade do grupo, da turma, do pelotão e da companhia formada está hoje
sob excelente comandante que trabalhou e acompanhou os primeiros passos, que é
o Tenente Coronel Ramalho, ele é um excelente comandante e está a frente da
tropa e está conduzindo muito bem o trabalho é o que a Polícia Militar espera
que continue este trabalho especial da
polícia.
E:
Somente os eventos é que faz a necessidade de criar um batalhão especial? Uma vez
fui a uma palestra realizada pelo BME e eles mencionaram uma ocorrência no
fórum em São Mateus, antes da criação do BME, que o cara fez o Juiz refém a
polícia invadiu e vários policiais ficaram feridos sendo que somente eles
estavam armados, isso também influenciou na criação do BME?
CM: Na
época, não me recordo o ano, mais foi antes da criação do BME, mas são as
situações que as vezes elas vão surgindo e criou-se a idéia, lembrou que
precisamos de se ter uma tropa melhor
preparada. Tanto é que o problema que teve no fórum de São Mateus foi tão grave
a ponto de ter sido baleado o comandante do batalhão, Coronel Araujo na época,
quer dizer, foi baleado, levou um tiro e veio até a falecer. Sem criticar os
companheiros que atuaram na época, mas faltou um pouquinho de experiência para
lidar com aquela situação,então estas
situações todas foram gerando e fazendo com que criasse uma tropa especial,
então é uma tropa que ela existe, uma tropa que tem que estar pronta para
cumprir qualquer missão da hora do dia ou da noite.
E:
Então o senhor acha que é isso que diferencia o BME da tropa convencional?
CM: É porque na realidade é o seguinte o
policial ele é formado, passa o seu período de formação ele aprende a atuar em
praticamente quase todas as situações, mas depois que ele sai do período de formação
no CFA, no caso o soldado, ele é colocado como de trabalhar, mas ai passa a
trabalhar, mas em dupla ou em três homens, quatro homens e números mais
reduzidos, situações menores de ocorrência, de menor nível. Agora quando você
pega uma situação de um nível maior, aquele grupinho que está ali ele não é
preparado para atender aquele tipo de ocorrência, então precisa haver um
efetivo maior, uma tropa mais preparada para poder usar. Não se vai desmerecer
a nossa tropa, a tropa toda é formada, só que às vezes o emprego é um efetivo
maior para a mesma atuação do que um número reduzido. Dois ou três homens
atuando em uma situação ou quatro, agora tem situações que você precisa de
trinta sessenta ou cem homens juntos, então o treinamento é mais especial, mais
específico para cumprir determinada missão. O treinamento de choque, o
treinamento de controle de um presídio, adentrar em um presídio, o controle de
um seqüestro, tanto o comandante da operação, como os policiais que irão atuar
eles tem de estar preparados para essa missão específica que requer mais
aprendizado, mais especialidade do homem que estiver atuando.
E: O
treinamento é muito mais específico do que o da tropa especial?
CM: É
mais específico, o homem da tropa especial ele sempre esta em treinamento constante
para o cumprimento das missões. O que às vezes difere um pouquinho do outro
grupo que trabalha no policiamento normal de uma rádio patrulha, em um
policiamento ostensivo, o policiamento a pé na rua, então há certa diferença. O
soldado ele tem a base, mas talvez um pronto atendimento, preparo talvez no momento
até o emocional para atuar naquela vez dificulta um pouco, então é preciso ter
esse homem para poder chegar e atuar. No presídio, por exemplo, quantas vezes a
gente estava atuando e lá tinha até um destacamento eles passavam, os presos, a
não respeitar mas quando chamava o Choque que tava chegando acabou, tinha que
respeitar. A partir do momento que se chama uma tropa especial para ir atuar
ela tem que ir e resolver, não tem que ficar, tem que ir e resolver. Então o
Choque quando chegava, eu comandava a época todas as operações, quando chegava
era para resolver. Resolvia da forma que teria que ser resolvido, tinha a autoridade,
tinha ser respeitada ela tem que ser respeitada.
E:
Então o BME é o limite da PMES?
CM: Quando
não tinha mais condições de ir lá a tropa convencional, podemos dizer assim de
atuar, não tinha mais condições ai, epa, chama e desloca o choque, ai ele ia
para resolver, para acabar, com a rebelião, com força adentrar o presídio
usando gás, bomba de efeito moral porque tinha que resolver que se não resolver
onde é que fica a autoridade.
E: E
como o senhor vê a atuação do BME hoje?
CM: Muito
boa porque eu comandei o BME durante 15 anos, eu criei e comandei durante 15
anos e os oficiais que hoje estão lá comandando são oficiais que começaram
desde a base, eles receberam todos os ensinamentos e fizeram cursos se
especializaram mais e a tropa hoje é uma tropa muito boa. O Batalhão de Missões
Especiais da Polícia Militar do Espírito Santo é uma excelente tropa e bem
comandada, não só pelo comandante, mas os dos demais oficiais que integram os
sargentos e todos os policiais.
E: Como o senhor selecionava esses
homens para integrarem o BME no seu início? Foi com base em finidade com eles
ou somente observando os formulários para vê se não tinham punições?Qual
critério o senhor utilizava?
CM:
Inicialmente eu comecei com os homens do meu pelotão e fui ao CFA na época, não
sei ainda se já era CFA ou Companhia Escola, acho que já era CFA, o período de
formação de recruta eu fui lá e selecionei os homens que estavam no início da carreira no recrutamento. Selecionei e o
comandante geral me deu liberdade para ir lá, e eu ia lá e toda vez que formava
um pelotão eu selecionava alguns homens para vir para o BME. Então, depois que formava
lá, eu trazia para o BME. Quando chegavam ao BME esses homens, recrutas, novos
policiais, eles entravam em um novo período de aprendizado de uma tropa
especial, aprendendo todas as situações que pudessem ocorrer e se necessário
tiverem que atuar, então todos os policiais tinham instruções constantes. Então
trazia para cá novo ai fui aumentando o efetivo, ai pelotão, companhia, foi
aumentando e tudo e até hoje também os novos comandantes todos que passaram
eles procuram fazer isso. A gente procura, quando forma no CFA o policial, vai
lá e escolhe, nome por nome, quem é o policial e traz para o Batalhão de
Missões Especiais.
E:
Essa seleção é para passar por um período de testes?
CM: É.
Aqueles que vêm primeiro porque eles são voluntários para vir, quem quer vir é voluntário,
a gente tinha até que dispensar muito, porque grande parte tem vontade de vir e
servir na tropa especial, mas tem muitos que não querem, tem um monte que
prefere trabalhar normalmente em outras situações, em situações normais. Mas
não tem dificuldade, muito pelo contrário o que quer trazer para o BME as vezes
a gente tem até que dispensar alguns porque o número de voluntários ele é, e
sempre foi assim, bem grande para poder servir na tropa especial da PM.
E:
Com essa quantidade de voluntários o filtro tem que ser bem maior, não é?
CM: Não
tenha dúvida, mas só que facilita para nós nesse caso ai é que você traz ele
novo ele entrou para a polícia e acabou de ter o período de formação e antes de
formar a gente vai lá e seleciona. Ele
já vem para cá dando seqüência no período de formação que é muito exigente e
quando ele chega ao BME ele terá uma seqüência daquilo ali e continua sendo
exigente cobrado e aperfeiçoando mais ainda. E aqui é instrução constante,
então é um seguimento quase do período de formação a tropa do BME, então da
aquela seqüência. Então o homem entra aquilo situa e passa trabalhar.
E: Nesse
caso o homem já chega fresco para ser treinado.
CM: Já
vem de lá sem problema, sem vício nenhum para o treinamento.
CM: O
que diferencia o BME dos outros batalhões da PMES? E como avalia a atuação do
BME hoje? [Coronel lê em voz alta a folha com as três perguntas que havia entregue quando iniciei a gravação das perguntas] Já falei para você que a
atuação dele é excelente atua muito bem e de acordo até com a situação que está
vivendo hoje a nossa situação é de uma impunidade muito grande, quero deixar
bem claro que é preocupante, hoje é preocupante a situação do nosso país, do
Brasil, hoje é preocupante. A cada dia que vai passando a preocupação aumenta
em razão de a gente não vê, é... abraçaram muito a chamada impunidade, então a
impunidade está muito grande no Brasil. Em razão da impunidade a tendência é
aumentar o número daqueles que praticam atos errados. Porque se você não
corrigir no início ou não punir a tendência é aumentar. A falta de respeito
para com as autoridades é muito grande no Brasil e precisa criar-se uma
doutrina ou mudar as leis, o Judiciário até lutar para mudar as leis para poder
educar mais o povo e como a família, a família de casa, você foi criado pelo
seu pai e muito bem criado, seu pai basta falar com você e você sabe que é sim
senhor e não senhor, você aprendeu, basta seu pai olhar para você e se tiver
algo errado você imediatamente se corrige. E é papai, sim senhor, não senhor
você tem que ter, acho que tudo horário para as coisas. Hoje a liberdade fez o
que os menores e a impunidade, essa falta de punição ao menor de dezoito anos
ela é muito grave, porque que o homem pode votar com dezesseis anos e não pode
ser preso. Pode matar, pode estuprar, pode assaltar, então é preocupante precisa
o Brasil acordar nesse sentido. O papai
se for corrigir o filho e for um pouquinho mais enérgico o filho já está
virando para o pai e falando, “o que foi não sei o que” respondendo mal e
sujeito se o pai pegar e der um coça no filho, porque respondeu mal antes,
chamar e prender o pai porque corrigiu e educou o filho. O Brasil tem que
acordar, se não acordar vai ver o ponto que vai chegar a situação do Brasil,
então acorda e muda porque senão não vai ter jeito. O Batalhão de Missões
Especiais o que difere ele dos demais batalhões é em razão disso, porque o
Batalhão ele é preparado para atuar nas missões difíceis, nas missões em que
precisa de uma tropa especial, uma tropa preparada, para atuar naquela
situação, então os outros batalhões são muito importantes, mas assim como a
situação preventiva, porque o policial é educado e formado para estar na rua e
que bom se pudesse colocar para cada cidadão um policial, mas não tem condições
o país não tem condição de fazer isso. O que precisa é o seguinte é ter mais
respeito com a autoridade, quando começar a ter mais respeito com a autoridade
pode até diminuir o número de policiais trabalhando na rua, agora a partir do
momento com a existência da impunidade ai a tendência é só de aumentar o número
de policiais, mas está aumentando ali, tem que diminuir aqui e não se preocupar
de aumentar ali. Tem de diminuir o errado porque tem que diminuir para não ter
que pegar e aumentar o número de educadores e está muito errado hoje no Brasil.
Mas os outros batalhões são muito bons, só que toda a polícia militar tem uma tropa especial, uma tropa que tem um treinamento constante para atuar nessas missões que vem apresentando hoje no Brasil em todos os sentidos.
Mas os outros batalhões são muito bons, só que toda a polícia militar tem uma tropa especial, uma tropa que tem um treinamento constante para atuar nessas missões que vem apresentando hoje no Brasil em todos os sentidos.
E: Eu li que a questão diferencial
da tropa especial surgiu como uma forma de diferenciar o treinamento, os
equipamentos empregados, essas coisas.
CM: Não
tenha dúvida, hoje que esta a polícia militar preocupando em adquirir
equipamentos para ela se proteger, porque os vagabundos, os bandidos, os
ordinários que fazem as manifestações estão pegando pedra, rojão e jogando em
cima do policial e o policial ele está se resguardando para não ferir. Enquanto
ele toma uma pedrada nada a própria imprensa nossa infelizmente ela passa um
pouco a mão em cima dessa situação e só preocupa em difundir o erro do
policial, o policial pode tomar uma pedrada, ele pode morrer, mas se ele der um
tapa no camarada no meio da rua o policial que está errado.
Acorda Brasil, educa para que não ter que aumentar o número, porque daqui a pouco quantos policiais vão ter que ter para poder atuar nessa situação, então tem que acordar para a formação, para educação e acabar com a impunidade [Neste momento o Coronel já está falando bem próximo ao gravador, parecia com a intenção de que isso ficasse bem claro na gravação, pois seu tom de voz se alterou. Após esta fala o Coronel Monteiro para de falar, seu celular começa a tocar. Ele me pede desculpa e pergunta se era só isso. Digo que sim e desligo o gravador].
Acorda Brasil, educa para que não ter que aumentar o número, porque daqui a pouco quantos policiais vão ter que ter para poder atuar nessa situação, então tem que acordar para a formação, para educação e acabar com a impunidade [Neste momento o Coronel já está falando bem próximo ao gravador, parecia com a intenção de que isso ficasse bem claro na gravação, pois seu tom de voz se alterou. Após esta fala o Coronel Monteiro para de falar, seu celular começa a tocar. Ele me pede desculpa e pergunta se era só isso. Digo que sim e desligo o gravador].
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