27/05/2014

Entrevista com o Coronel Juarez Monteiro

Entrevista realizada por Adriano Peclat com o Coronel Juarez Monteiro, um dos fundadores do Batalhão de Missões Especiais (BME) do Espírito Santo, em 19/05/2014. A entrevista foi feita com o objetivo de ser utilizada pelo entrevistador em seu trabalho de conclusão de curso de graduação em direito, pela Faculdade de Direito de Vitória (FDV). Publicaremos a transcrição da entrevista para servir também como fonte histórica para outros trabalhos acadêmicos sobre o BME/ES.




[Entrego ao Coronel Juarez Monteiro uma folha com três perguntas que pretendo fazer a ele e peço autorização para ligar o gravador. Ele autoriza e pede para que eu sente à mesa, na varanda de sua casa, e começa a entrevista].
ENTREVISTADOR (E): O senhor poderia responder a primeira pergunta por favor?
CORONEL MONTEIRO (CM): Porque da criação do BME e as circunstâncias em que ele foi criado? Eu era primeiro tenente, trabalhava no primeiro batalhão da polícia militar do Espírito Santo e na época não tinha tropa especial não tinha. Mais precisamente a idéia era criar uma companhia de choque, um pelotão de choque na polícia militar. E como a situação no Brasil, até o lado político estava se iniciando manifestações e tudo, ai pensou-se em criar um pelotão, uma companhia de choque para atender a essas necessidades se fosse o caso. Eu trabalhava no primeiro batalhão da Polícia Militar do Espírito Santo como disse. Acho que foi mais precisamente por volta de 85. [Neste ponto o Coronel Monteiro demonstra dúvida quanto a data exata que realizou a criação do BME]

E: Em 86, não?
CM: Isso! Foi em 86. Eu já havia feito no Rio de Janeiro o Curso de Operações Especiais, hoje conhecido como BOPE. Então eu fiz o BOPE, fui aluno da primeira turma que se formou no BOPE, no Estado do Rio de Janeiro e lá também na época criou-se esse curso em razão até de haver a necessidade de preparar elementos para poder dar uma formação melhor para os comandados da Polícia Militar para atuar em diversas situações. E que tivesse capacidade de ir além do que tem às vezes até a tropa normal. Então, fiz o BOPE em 1978 e quando estava no primeiro batalhão da polícia militar, nós sentimos a necessidade de criar uma tropa de choque, um pelotão de choque. Ai eu conversei com o comando do primeiro batalhão, dei a idéia para ele, eu já tinha BOPE, e ele me deu liberdade de ação para poder criar. Ai eu selecionei alguns policiais do batalhão e, não me recordo, mas aproximadamente em termos assim de uns trinta homens e me desloquei, me afastei do primeiro batalhão, para ali, era um local bem humilde, onde funciona o Batalhão de Missões Especiais. [Ele az esta indicação, pois sua casa, local onde realizei a entrevista, fica em uma rua ao lado de onde se localiza o BME] E iniciei um treinamento para os comandados, eu escolhi aqueles homens. Primeiro ele tinha que ser voluntário para ir ao batalhão e além de ser voluntário ele teria de ter um comportamento eficiente dentro da própria corporação, não quer dizer que todos os outros policiais não tinham, mas tinham que ser policiais que além de ser voluntários para atuar e que tivessem punições. Então eu procurava selecionar a pessoa mais elitizada para poder pertencer ao pelotão. Porque quando você quer criar uma tropa especial, então você tem que partir desse princípio, a voluntariedade do homem, a capacidade e a especialidade e um homem que não tivesse muito problema, não quer dizer que os policiais nossos tem problema. Em uma instituição grande tem aqueles policiais que às vezes se destacam, selecionei esses homens e trouxe para ali, local onde funciona o BME, e começamos a fazer treinamentos e naquela época já começou também a haver muitas manifestações, até manifestações de rua em razão da existência dos grupos de oposição, politicamente falando, e começou a ter muito problema. Até iniciava na época, ou já estava em andamento, à atuação do pessoal que hoje deve está ai, o pessoal que eles chamavam do PT, que fazia muita manifestação de rua e tudo.

E: Sindicatos e essas coisas?
CM: Sim, eles se movimentavam muito. Para poder atuar em um grupo desse comecei a dar treinamento para a tropa, está entendendo, e  participamos, começamos a participar das ações  e trabalhamos bastante desde aquela época. E em razão do trabalho que a tropa prestava, o próprio comandante do batalhão, o comando geral, o comando do CPO na época, eu apresentava as necessidades e eles começaram a dar força para a criação do batalhão. E nós começamos a treinar treinamento constante, distante e atuações, não tínhamos quase que sem escala, a nossa tropa trabalhava quase que vinte e quatro horas por dia o número reduzido e começaram muitas manifestações.  A gente procurava aumentar o efetivo, mas o nosso trabalho era quase que vinte e quatro horas por dia. Uma vez eu liberava os comandados meus para ir para casa, mas tudo com o telefone e endereço, pois a qualquer momento eles podiam voltar. Eu, por exemplo, às vezes ficava vinte e quatro horas direto, porque no início eu comandante, primeiro tenente Monteiro, trouxe comigo dois oficiais da época, foi até o aspirante Barcelos, na época que veio junto, e depois também eu trouxe  o Ramalho, Nylton, oficiais que passaram tudo como aspirante comigo. Excelentes comandados, me ajudou muito na criação e na formação.

E: Ramalho o atual comandante do BME?
CM: É o Ramalho hoje é o atual comandante do BME, foi comandado meu, aspirante, depois segundo tenente, primeiro tenente, até quase capitão. Às vezes saia em razão de quando era promovido, às vezes não tinha vaga, mas são homens de frente e de total confiança que a Polícia Militar confia totalmente no comando da tropa. [Quando se referia ao Tenente Coronel Ramalho e toda a sua trajetória no BME sob o seu comando e após se tornar comandante no mesmo batalhão demonstra uma sensação de orgulho]. E começamos a trabalhar, as necessidades iam se apresentando e a tropa treinando diariamente e constantemente, porque tropa especial ela tem que estar sempre treinando, sempre aperfeiçoando, estar sempre preparada para as atuações, a qualquer hora do dia e da noite. Porque tropa que entra de serviço às vezes ela não tem que esperar, ela tem que sair, às vezes tem que emendar em razão das necessidades. Então por isso que às vezes, nem todo homem tem a capacidade de pertencer a uma tropa especial. E nós começamos a trabalhar em razão das necessidades, como eu disse, das grandes manifestações que viam ocorrendo o efetivo teve de ser aumentado  e passou a ser companhia, depois eu fui a capitão, passei a comandar a companhia, depois eu fui promovido a major ai passou a companhia a ser companhia independente, com o comando de major, e depois eu estava para ser promovido a Tenente Coronel, até mesmo antes de ser Coronel, o comando na época achou por bem por bem passar a chamar companhia de choque, pelotão companhia de choque nós  tínhamos. Criamos o canil também, que havia a necessidade da presença dos cães, era muito importante. E depois o Comando geral achou por bem, até eu dei também a idéia juntamente com meus oficiais, na época trabalhava com o Coronel Mangnaco também, Tenente Renato Duquain, e vários outros oficiais, Ferrari e ai vários oficiais trabalhando comigo então houvesse a idéia de criar um batalhão, pois precisava da existência do batalhão. Ai o Comando Geral na época, acredito que até o Coronel Orichi, comando geral do Coronel Orichi, a tropa passou de companhia independente e passou a se chamar batalhão e Batalhão de Missões Especiais, hoje que é conhecido como o BME. Uma tropa muito respeitada, dentro do Estado do Espírito Santo e de todo o Brasil. Já recebemos elogios na época do pessoal de fora, polícia de São Paulo até vinha nos visitar, visita nós recebemos do pessoal de fora. Exército, o nosso Exército do 38º Batalhão, trouxe uma vez, eu ainda era primeiro tenente, o comando do 38º eu não lembro o nome do Tenente Coronel, era até muito amigo, e trouxe os comandados graduados e os oficiais todos para conhecer meu local humilde onde a tropa atuava, pois eles viam tanta eficiência no trabalho da tropa e dedicação que veio conhecer e vê que trabalhando em um lugar tão humilde, pequeno até e a dedicação que a tropa tinha. Fiz palestra para os comandos dele, sargentos e tenentes que ele trouxe ficaram muito satisfeitos, recebi muitos elogios da polícia militar de fora. E hoje a nossa tropa está ai, ela tem um grande nome é um batalhão de missões especiais, continua tendo a tropa especial, preparado para várias situações, tem a companhia de cães, a companhia de choque que é do próprio batalhão. Então para cada missão tem a especialidade do grupo, da turma, do pelotão e da companhia formada está hoje sob excelente comandante que trabalhou e acompanhou os primeiros passos, que é o Tenente Coronel Ramalho, ele é um excelente comandante e está a frente da tropa e está conduzindo muito bem o trabalho é o que a Polícia Militar espera que continue  este trabalho especial da polícia.

E: Somente os eventos é que faz a necessidade de criar um batalhão especial? Uma vez fui a uma palestra realizada pelo BME e eles mencionaram uma ocorrência no fórum em São Mateus, antes da criação do BME, que o cara fez o Juiz refém a polícia invadiu e vários policiais ficaram feridos sendo que somente eles estavam armados, isso também influenciou na criação do BME?
CM: Na época, não me recordo o ano, mais foi antes da criação do BME, mas são as situações que as vezes elas vão surgindo e criou-se a idéia, lembrou que precisamos  de se ter uma tropa melhor preparada. Tanto é que o problema que teve no fórum de São Mateus foi tão grave a ponto de ter sido baleado o comandante do batalhão, Coronel Araujo na época, quer dizer, foi baleado, levou um tiro e veio até a falecer. Sem criticar os companheiros que atuaram na época, mas faltou um pouquinho de experiência para lidar  com aquela situação,então estas situações todas foram gerando e fazendo com que criasse uma tropa especial, então é uma tropa que ela existe, uma tropa que tem que estar pronta para cumprir qualquer missão da hora do dia ou da noite.

E: Então o senhor acha que é isso que diferencia o BME da tropa convencional?
CM:     É porque na realidade é o seguinte o policial ele é formado, passa o seu período de formação ele aprende a atuar em praticamente quase todas as situações, mas depois que ele sai do período de formação no CFA, no caso o soldado, ele é colocado como de trabalhar, mas ai passa a trabalhar, mas em dupla ou em três homens, quatro homens e números mais reduzidos, situações menores de ocorrência, de menor nível. Agora quando você pega uma situação de um nível maior, aquele grupinho que está ali ele não é preparado para atender aquele tipo de ocorrência, então precisa haver um efetivo maior, uma tropa mais preparada para poder usar. Não se vai desmerecer a nossa tropa, a tropa toda é formada, só que às vezes o emprego é um efetivo maior para a mesma atuação do que um número reduzido. Dois ou três homens atuando em uma situação ou quatro, agora tem situações que você precisa de trinta sessenta ou cem homens juntos, então o treinamento é mais especial, mais específico para cumprir determinada missão. O treinamento de choque, o treinamento de controle de um presídio, adentrar em um presídio, o controle de um seqüestro, tanto o comandante da operação, como os policiais que irão atuar eles tem de estar preparados para essa missão específica que requer mais aprendizado, mais especialidade do homem que estiver atuando.

E: O treinamento é muito mais específico do que o da tropa especial?
CM: É mais específico, o homem da tropa especial ele sempre esta em treinamento constante para o cumprimento das missões. O que às vezes difere um pouquinho do outro grupo que trabalha no policiamento normal de uma rádio patrulha, em um policiamento ostensivo, o policiamento a pé na rua, então há certa diferença. O soldado ele tem a base, mas talvez um pronto atendimento, preparo talvez no momento até o emocional para atuar naquela vez dificulta um pouco, então é preciso ter esse homem para poder chegar e atuar. No presídio, por exemplo, quantas vezes a gente estava atuando e lá tinha até um destacamento eles passavam, os presos, a não respeitar mas quando chamava o Choque que tava chegando acabou, tinha que respeitar. A partir do momento que se chama uma tropa especial para ir atuar ela tem que ir e resolver, não tem que ficar, tem que ir e resolver. Então o Choque quando chegava, eu comandava a época todas as operações, quando chegava era para resolver. Resolvia da forma que teria que ser resolvido, tinha a autoridade, tinha ser respeitada ela tem que ser respeitada.

E: Então o BME é o limite da PMES?
CM: Quando não tinha mais condições de ir lá a tropa convencional, podemos dizer assim de atuar, não tinha mais condições ai, epa, chama e desloca o choque, ai ele ia para resolver, para acabar, com a rebelião, com força adentrar o presídio usando gás, bomba de efeito moral porque tinha que resolver que se não resolver onde é que fica a autoridade.

E: E como o senhor vê a atuação do BME hoje?
CM: Muito boa porque eu comandei o BME durante 15 anos, eu criei e comandei durante 15 anos e os oficiais que hoje estão lá comandando são oficiais que começaram desde a base, eles receberam todos os ensinamentos e fizeram cursos se especializaram mais e a tropa hoje é uma tropa muito boa. O Batalhão de Missões Especiais da Polícia Militar do Espírito Santo é uma excelente tropa e bem comandada, não só pelo comandante, mas os dos demais oficiais que integram os sargentos e todos os policiais.
 
E: Como o senhor selecionava esses homens para integrarem o BME no seu início? Foi com base em finidade com eles ou somente observando os formulários para vê se não tinham punições?Qual critério o senhor utilizava?
CM: Inicialmente eu comecei com os homens do meu pelotão e fui ao CFA na época, não sei ainda se já era CFA ou Companhia Escola, acho que já era CFA, o período de formação de recruta eu fui lá e selecionei os homens que estavam no início  da carreira no recrutamento. Selecionei e o comandante geral me deu liberdade para ir lá, e eu ia lá e toda vez que formava um pelotão eu selecionava alguns homens para vir para o BME. Então, depois que formava lá, eu trazia para o BME. Quando chegavam ao BME esses homens, recrutas, novos policiais, eles entravam em um novo período de aprendizado de uma tropa especial, aprendendo todas as situações que pudessem ocorrer e se necessário tiverem que atuar, então todos os policiais tinham instruções constantes. Então trazia para cá novo ai fui aumentando o efetivo, ai pelotão, companhia, foi aumentando e tudo e até hoje também os novos comandantes todos que passaram eles procuram fazer isso. A gente procura, quando forma no CFA o policial, vai lá e escolhe, nome por nome, quem é o policial e traz para o Batalhão de Missões Especiais.

E: Essa seleção é para passar por um período de testes?
CM: É. Aqueles que vêm primeiro porque eles são voluntários para vir, quem quer vir é voluntário, a gente tinha até que dispensar muito, porque grande parte tem vontade de vir e servir na tropa especial, mas tem muitos que não querem, tem um monte que prefere trabalhar normalmente em outras situações, em situações normais. Mas não tem dificuldade, muito pelo contrário o que quer trazer para o BME as vezes a gente tem até que dispensar alguns porque o número de voluntários ele é, e sempre foi assim, bem grande para poder servir na tropa especial da PM.

E: Com essa quantidade de voluntários o filtro tem que ser bem maior, não é?
CM: Não tenha dúvida, mas só que facilita para nós nesse caso ai é que você traz ele novo ele entrou para a polícia e acabou de ter o período de formação e antes de formar a gente vai lá e seleciona.  Ele já vem para cá dando seqüência no período de formação que é muito exigente e quando ele chega ao BME ele terá uma seqüência daquilo ali e continua sendo exigente cobrado e aperfeiçoando mais ainda. E aqui é instrução constante, então é um seguimento quase do período de formação a tropa do BME, então da aquela seqüência. Então o homem entra aquilo situa e passa trabalhar.

E: Nesse caso o homem já chega fresco para ser treinado.
CM: Já vem de lá sem problema, sem vício nenhum para o treinamento.

CM: O que diferencia o BME dos outros batalhões da PMES? E como avalia a atuação do BME hoje? [Coronel lê em voz alta a folha com as três perguntas que havia entregue quando iniciei a gravação das perguntas] Já falei para você que a atuação dele é excelente atua muito bem e de acordo até com a situação que está vivendo hoje a nossa situação é de uma impunidade muito grande, quero deixar bem claro que é preocupante, hoje é preocupante a situação do nosso país, do Brasil, hoje é preocupante. A cada dia que vai passando a preocupação aumenta em razão de a gente não vê, é... abraçaram muito a chamada impunidade, então a impunidade está muito grande no Brasil. Em razão da impunidade a tendência é aumentar o número daqueles que praticam atos errados. Porque se você não corrigir no início ou não punir a tendência é aumentar. A falta de respeito para com as autoridades é muito grande no Brasil e precisa criar-se uma doutrina ou mudar as leis, o Judiciário até lutar para mudar as leis para poder educar mais o povo e como a família, a família de casa, você foi criado pelo seu pai e muito bem criado, seu pai basta falar com você e você sabe que é sim senhor e não senhor, você aprendeu, basta seu pai olhar para você e se tiver algo errado você imediatamente se corrige. E é papai, sim senhor, não senhor você tem que ter, acho que tudo horário para as coisas. Hoje a liberdade fez o que os menores e a impunidade, essa falta de punição ao menor de dezoito anos ela é muito grave, porque que o homem pode votar com dezesseis anos e não pode ser preso. Pode matar, pode estuprar, pode assaltar, então é preocupante precisa o Brasil acordar nesse sentido.  O papai se for corrigir o filho e for um pouquinho mais enérgico o filho já está virando para o pai e falando, “o que foi não sei o que” respondendo mal e sujeito se o pai pegar e der um coça no filho, porque respondeu mal antes, chamar e prender o pai porque corrigiu e educou o filho. O Brasil tem que acordar, se não acordar vai ver o ponto que vai chegar a situação do Brasil, então acorda e muda porque senão não vai ter jeito. O Batalhão de Missões Especiais o que difere ele dos demais batalhões é em razão disso, porque o Batalhão ele é preparado para atuar nas missões difíceis, nas missões em que precisa de uma tropa especial, uma tropa preparada, para atuar naquela situação, então os outros batalhões são muito importantes, mas assim como a situação preventiva, porque o policial é educado e formado para estar na rua e que bom se pudesse colocar para cada cidadão um policial, mas não tem condições o país não tem condição de fazer isso. O que precisa é o seguinte é ter mais respeito com a autoridade, quando começar a ter mais respeito com a autoridade pode até diminuir o número de policiais trabalhando na rua, agora a partir do momento com a existência da impunidade ai a tendência é só de aumentar o número de policiais, mas está aumentando ali, tem que diminuir aqui e não se preocupar de aumentar ali. Tem de diminuir o errado porque tem que diminuir para não ter que pegar e aumentar o número de educadores e está muito errado hoje no Brasil.
Mas os outros batalhões são muito bons, só que toda a polícia militar tem uma tropa especial, uma tropa que tem um treinamento constante para atuar nessas missões que vem apresentando hoje no Brasil em todos os sentidos.
 
E: Eu li que a questão diferencial da tropa especial surgiu como uma forma de diferenciar o treinamento, os equipamentos empregados, essas coisas.
CM: Não tenha dúvida, hoje que esta a polícia militar preocupando em adquirir equipamentos para ela se proteger, porque os vagabundos, os bandidos, os ordinários que fazem as manifestações estão pegando pedra, rojão e jogando em cima do policial e o policial ele está se resguardando para não ferir. Enquanto ele toma uma pedrada nada a própria imprensa nossa infelizmente ela passa um pouco a mão em cima dessa situação e só preocupa em difundir o erro do policial, o policial pode tomar uma pedrada, ele pode morrer, mas se ele der um tapa no camarada no meio da rua o policial que está errado.
Acorda Brasil, educa para que não  ter  que aumentar o número, porque daqui a pouco quantos policiais vão ter que ter para poder atuar nessa situação, então tem que acordar para a formação, para educação e acabar com a impunidade [Neste momento o Coronel já está falando bem próximo ao gravador, parecia com a intenção de que isso ficasse bem claro na gravação, pois seu tom de voz se alterou. Após esta fala o Coronel Monteiro para de falar, seu celular começa a tocar. Ele me pede desculpa e pergunta se era só isso. Digo que sim e desligo o gravador].


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